10 de out. de 2007

Otoro - O sashimi perfeito?























“Maguro” é a tradução em japonês para o atum, um dos peixes prediletos na mesa dos comensais ao redor do mundo. Utilizado em vários tipos de preparos, usualmente ele é consumido cru ou em versões contemporâneas: semi grelhado em crosta de gergelim, por exemplo. Embora hoje seja consumido em larga escala, até o final da década de 70, este peixe era alvo de pescas esportivas e seu destino era, na maioria das vezes, fábricas de rações ou simplesmente jogado fora. Quando seu verdadeiro potencial foi descoberto, a parte do atum mais procurada e valorizada foi chamada de “toro”, ela faz parte da barriga do peixe; sua textura, sabor e raridade é o que torna esta peça tão especial. As partes do atum são divididas em subcategorias de acordo com o percentual de gordura (saudável): Akami (parte mais magra e mais comum), Toro que é dividido em Chutoro e Otoro, esta última é a mais gordurosa e na opinião de muitos é este o sashimi perfeito! Uma dica para os amantes de maguro: procure sempre adquirir peças rosadas ou vermelho escuro, dê preferência a peças inteiras e que estejam com a carne firme ao toque do dedo, tudo isto para garantir uma refeição segura e deliciosa!

Miso...shiru? Não!













Miso é uma tradicional comida da culinária japonesa feita a partir da fermentação de arroz, cevada e soja com sal. O resultado é uma pasta usada principalmente para fazer a sopa de miso ou Misoshiru. Embora esta seja a receita mais conhecida, outras maneiras de se utilizar o ingrediente estão ganhando espaços em restaurantes de alta gastronomia. No Japão, muitas famílias ainda produzem o seu próprio miso, embora seja uma prática muito comum adquiri-lo em mercearias. Existem 4 tipos: shiromiso (amarelo), aka miso (vermelho), hatcho miso (escuro) e inaka miso (caseiro). Cada um com seu sabor e aroma, que são traduzidos de maneiras muito claras no final de uma receita. Um exemplo do seu uso é no preparo de marinadas. No caso de uma carne de ave, por exemplo, podemos misturar 2 colheres de sopa de aka miso, um alho esmagado, nirá e gengibre picado, zestes de laranja e pimenta cambuci. Marina-se a carne por no máximo 3 horas e então grelhamos até o ponto desejado. Um acompanhamento perfeito e saboroso é o purê de cabotiá ou um simples arroz branco. Bom apetite!

Menrui (Noodles)














Os noodles no Japão possuem uma vasta história e, apesar de não estarem presentes na culinária formal japonesa, eles são mais consumidos do que qualquer outro prato no país. Pode-se dizer que são a fast-food nipônica: fáceis, baratos e gostosos. São divididos em duas categorias: os feitos a partir de trigo sarraceno (ex.: soba) e à base de trigo comum (ex.: udon). Por serem finos e longos, os noodles simbolizam longevidade, pois lembram barbas e cabelos brancos dos deuses da longa vida.
A palavra ‘soba’ possui um homônimo de significado “perto”. Assim, há o costume de japoneses que se mudam para uma nova casa presentearem os novos vizinhos com ‘soba’ ou ‘hikkoshi soba’, que significa “nos mudamos para perto de você”! E, simbolicamente, na véspera do ano novo, a família come “toshi-koshi soba” - “o ano está passando”.
A dica é consumir os noodles de acordo com a temperatura ambiente: “hiyamugi” (fios finos) são servidos frios em dias quentes; soba e udon podem ser servidos das duas maneiras, acompanhados de consommés a base de hana-katsuo, legumes, konnyaku, tofu e cogumelos.
No Japão, comer noodles silenciosamente pode significar que a pessoa não está satisfeita com a refeição, portanto, na dúvida, faça barulho!

Kobe Beef– O melhor corte de carne do mundo











Proveniente da raça “Wagyu”, este corte de carne é rotulado de “Kobe Beef” somente quando o gado é criado de acordo com as rígidas leis e na região de Hyogo, Kobe. Esta raça de pêlos escuros é conhecida por ter qualidades extraordinárias – maciez, sabor e o mais exclusivo permeamento de gordura não saturada, que somente é atingido devido aos milenares métodos de confinamento de gado daquela região.

O gado recebe tratamento VIP, durante os meses de verão são alimentados com uma mistura de grãos e cerveja o que estimula o apetite do animal. Como se não bastasse, os animais recebem massagens acompanhadas de escovação do pêlo com saquê. Os criadores afirmam que quando o animal está relaxado ele produz uma carne de melhor qualidade, e tendo o pêlo macio e sedoso aumentam consideravelmente as vendas.

A melhor maneira de se preparar o “Kobe Beef” é grelhar rapidamente a peça dos dois lados e servi-la mal passada para ao ponto. A gordura desta carne derrete sob uma temperatura mais baixa, ou seja, se ela permanecer no calor por muito tempo perderá grande parte dos seus sucos naturais que conferem um sabor inigualável entre as demais.

Existem churrascarias no Brasil que servem esta iguaria, porém prepare o bolso: um prato para uma pessoa pode custar até R$ 120,00 mas quem tem a oportunidade de degustar não se arrepende!